A Fiocruz solicita o registro de dois kits de diagnóstico molecular da doença monkeypox, conhecida também como varíola dos macacos. O pedido entregue à Anvisa ocorre diante de um possível aumento das notificações no país. Os kits são de fabricação da própria fundação. 

Um deles é capaz de identificar as duas cepas geneticamente distintas do vírus, a da África Central e da África Ocidental, com circulação já constatada no Brasil. O teste vai utilizar a tecnologia de PCR em tempo real por meio da coleta do material retirado das erupções cutâneas das pessoas infectadas pelo vírus.  

O segundo kit molecular pode ser utilizado em casos classificados como ''negativos'' em testes anteriores para um novo diagnóstico com mais precisão.  

O Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, unidade produtora de imunobiológicos da instituição federal, produziu 24 mil reações possíveis dos dois kits moleculares que seguem para aprovação de uso pela Anvisa.

Para o diretor de Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, o desenvolvimento dos kits é mais uma resposta da instituição para os desafios da saúde pública no país.  

A oferta dos kits moleculares em tecnologia que permite seu uso imediato nos estados, além do Distrito Federal, é prova do compromisso e a pronta-resposta de Bio-Manguinhos diante dos desafios que continuam a surgir para a saúde pública. O surgimento da doença em período no qual ainda estamos imersos na pandemia da Covid-19 comprova a importância dos laboratórios públicos para o país.

*Estagiário sob supervisão de Christiano Pinho