Vandalismo no BRT causa mais de R$ 1 milhão de prejuízo para os cofres públicos

Principais alvos dos criminisos são as fivelas dos cintos, as entradas USB, as placas de "proibido fumar" e os estofados dos assentos

Ádison Ramos

Nova frota BRT.
Agência Brasil/Tânia Rego

Já passou do ponto. Quem circula pelos corredores do BRT sabe que, muitas vezes, o desconforto é companheiro de viagem.

Parece faltar espaço e sobrar problemas para os 360 mil passageiros que usam o sistema todos os dias. E o vandalismo piora a situação, tendo provocado um prejuízo de mais de R$ 1 milhão de janeiro até agora.

Os principais alvos dos criminisos são as fivelas dos cintos, as entradas USB, as placas de "proibido fumar" e os estofados dos assentos.

Apesar de ainda chamar a atenção, o valor gasto por causa de vandalismo este ano foi menor do que no mesmo período de 2022.

A esperança da Prefeitura é que as ações dos vândalos diminuam ainda mais com a chegada dos novos ônibus do sistema: os chamados amarelinhos. Foi investido R$ 1,7 bilhão na compra de 628 veículos. Mais de 400 já foram entregues. 136 amarelinhos começaram a circular na Transoeste, que teve 59 quilômetros de extensão revitalizados, o que deve reduzir o tempo de viagem dos veículos pela metade. Mas no primeiro dia útil depois da reinauguração, a falta de informações transformou a manhã dos passageiros em um caos.

O prefeito Eduardo Paes reconheceu que houve erro, e ajustes foram feitos para impedir que as filas gigantes voltassem a ser formadas.

A próxima parada é a entrega das obras da Transbrasil. O corredor vai ligar Deodoro, na Zona Oeste, à Região Central, terá 18 estações e deve transportar 250 mil pessoas por dia.

Em um Rio de Janeiro com sensação térmica que passou dos 50 graus, o problema da falta de climatização parece congelado na Justiça. Em julho, a prefeitura decretou que a temperatura dentro dos ônibus teria que estar oito graus abaixo da registrada do lado de fora do veículo.

Caso contrário, as empresas seriam penalizadas. Mas os consórcios recorreram aos tribunais e ainda não há uma decisão definitiva. Enquanto isso, o Município se comprometeu a instalar os aparelhos junto com os validadores do novo sistema de bilhetagem digital.

Nos corredores expressos, nas ruas e avenidas da cidade... os ônibus comuns e os articulados não dividem faixas, mas compartilham problemas. Agora, chegou a hora de eles se encontrarem em outro ponto. O Terminal Gentileza promete integrar três meios de transporte: o BRT Transbrasil, 22 linhas de ônibus municipais e o VLT.

95 por cento das obras, que começaram em julho do ano passado, já estão prontas. A estimativa é que 130 mil pessoas passem pelo terminal todos os dias. O projeto custou R$ 250 milhões.

Não importa a origem ou o destino. O que o carioca não quer em 2024 é ter que embarcar em uma viagem cheia de problemas.

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