O uso de lenha nas casas no Brasil cresceu em 225 mil toneladas em 2022. Além de representar um aumento de 1% em relação ao ano anterior, o número também aponta o maior consumo do material de forma residencial nos últimos 13 anos.
Os dados são de uma pesquisa do Observatório Social do Petróleo, com base no Balanço Energético Nacional 2023.
De acordo com a pesquisa, no ano passado, as famílias brasileiras consumiram 24,2 milhões de toneladas de lenha. O crescimento ocorreu após uma queda entre 2007 e 2013, quando o uso voltou a crescer, atingindo o maior patamar em 2022.
Em contrapartida, houve queda na demanda pelo botijão de gás de cozinha de 13kg. As vendas caíram 1,8% no ano passado, o equivalente a 188 m³.
Na análise do economista do Observatório, Eric Gil Dantas, o principal responsável pela substituição pela lenha residencial foi o aumento do preço do gás.
Segundo dados de outra pesquisa do Observatório Social do Petróleo, divulgada em fevereiro, o consumo de GLP caiu 2,52% em 2022, a pior marca em dez anos.
Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética apontou ainda que, desde 2018, a lenha é a segunda fonte de consumo de energia nos lares no Brasil.
Em 2022, o material representou 26% da matriz energética residencial. A eletricidade é a fonte mais utilizada, presente em 46% das casas, sendo o gás de cozinha a terceira fonte de consumo, respondendo por 22% da matriz energética residencial.