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Um ano após tragédia em Petrópolis, familiares de vítimas vivem dor e saudade

Tragédia deixou 240 mortos na cidade da Região Serrana

Por Priscila Xavier

Um ano após tragédia em Petrópolis, familiares de vítimas vivem dor e saudade
Fernando Frazão/Agência Brasil

Um ano após o temporal que atingiu Petrópolis e deixou 240 mortos na cidade da Região Serrana do Rio, familiares das vítimas tentam continuar a vida, apesar da dor e da saudade.

Na madrugada do dia 15 de fevereiro de 2022, a casa do professor Alessandro Garcia foi atingida pelos deslizamentos. Ele não perdeu só o imóvel, mas a família inteira: a esposa, Carolina, os dois filhos, Bento e Sophia, além dos sogros, Maria e Élcio.

Meses após a tragédia, ainda em meio ao luto, Alessandro encontrou uma forma de fazer por outras crianças aquilo que ele e a Carol faziam pelos próprios filhos. Foi assim que surgiu o projeto "Borboleta Azul", que tem o objetivo de preparar pais, mães, profissionais da educação e da saúde para atuarem junto às crianças com autismo.

O nome do projeto surgiu em meio aos escombros da tragédia de 2022. Segundo Alessandro, uma borboleta ficou ao lado do local onde estava o pequeno Bento, que era autista, e ela só saiu de perto do menino quando os bombeiros conseguiram resgatar o corpo da criança. A borboleta é um dos símbolos do autismo.

O primeiro período do curso de formação aconteceu entre maio e dezembro, sempre um sábado por mês. O projeto conseguiu reunir diversos profissionais e já formou cerca de 45 pessoas. De acordo com Alessandro, a multiplicação do trabalho acontece de forma rápida porque, após a formação, os profissionais já podem atuar com as crianças.

De acordo com o Alessandro, as formações também têm ajudado pais e mães que, diante do diagnóstico de autismo dos filhos, ainda não sabem como agir. Aliás, a aproximação com esses pais era um dos dons da Carol, esposa do Alessandro.

Mas, um ano após a tragédia, Alessandro vive um dia de cada vez.

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