UFRJ reduz em 50% as vagas para cursos de educação física e dança

O Conselho de Ensino de Graduação da UFRJ aprovou, nesta quarta-feira (27), a diminuição de ingressos

Por Daniel HenriqueJúlia Zanon (sob supervisão)

UFRJ reduz em 50% as vagas para cursos de educação física e dança
As vagas serão disponibilizadas apenas para o segundo semestre de 2025
Agência Brasil

Os cursos de Educação Física e Dança da Universidade Federal do Rio de Janeiro terão uma redução de 50% nas vagas para 2025. O Conselho de Ensino de Graduação da UFRJ aprovou, nesta quarta-feira (27), a diminuição de ingressos no ano, que passa de 480 vagas para 240. 
 
Além disso, não haverá a entrada de calouros no primeiro semestre do ano que vem. As vagas serão disponibilizadas apenas para o segundo semestre de 2025. 
 
A direção da Escola de Educação Física e Desportos diz que a redução é consequência de dois desabamentos que ocorreram na unidade, que segue sem vestiários para as aulas práticas. 
 
A crise financeira também afeta os funcionários terceirizados responsáveis pelo serviço de segurança na Cidade Universitária da UFRJ, na Zona Norte do Rio, que realizaram uma manifestação nesta quinta-feira (28) contra os atrasos constantes nos pagamentos dos salários e benefícios. 
 
Mesmo já no fim de novembro, eles denunciam que ainda não receberam o pagamento do mês. 
 
Quase 550 vigilantes da Front Serviço de Segurança trabalham na Universidade. Um deles, que preferiu não se identificar e teve a voz distorcida, explica que a empresa diz aos funcionários que não recebeu o pagamento da UFRJ, que por sua vez, não recebeu os repasses do Governo Federal.

Saem de suas casas correndo risco de serem assaltados no meio da rua, sofrer qualquer tipo de violência, que lá também na Cidade Universitária é um local cercado de comunidade, honrar 12 horas de serviço, para no final nós não termos o nosso direito de receber o nosso salário e os benefícios. A empresa não honra com compromisso. Aí ficam na queda de braço. A UFRJ alega que o governo não repassou a verba, e a empresa alega que não tem recurso para honrar com os 544 colaboradores. Só que eles não entendem que nós, vigilantes, não temos nada a ver com essa guerra deles. Nós trabalhamos, saímos de casa, deixamos nossas famílias sem a certeza de retornar para casa. O que nós queremos é receber o nosso salário e trazer a dignidade para nossa família. 

Segundo os funcionários, a situação acontece desde agosto e já havia sido denunciada pela BandNews FM em setembro, mês em que os funcionários também estavam com o pagamento atrasado. 
 
A reportagem entrou em contato com a UFRJ e com a Front Serviço de Segurança, mas não teve resposta. 

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