UFJR consegue na Justiça suspender os cortes de energia elétrica

O desembargador Alcides Martins levou em consideração o caráter essencial das atividades acadêmicas

Por João BoueriGustavo Sleman

A Universidade Federal do Rio de Janeiro consegue na Justiça suspender os cortes de energia elétrica
Divulgação/UFRJ

A Universidade Federal do Rio de Janeiro consegue na Justiça suspender os cortes de energia elétrica nos locais em que a concessionária Light realizou o procedimento. A informação foi publicada pela instituição na noite desta quarta-feira (13). Segundo a UFRJ, na decisão, o desembargador Alcides Martins levou em consideração o caráter essencial das atividades acadêmicas e de assistência oferecidas pela universidade.

Mais cedo, a instituição informou que realizava um remanejamento no orçamento para retirar recurso de outras áreas e efetuar o pagamento da primeira parcela junto a Light. Até esta quinta-feira (14), o MEC deve repassar cerca de R$ 1 milhão e 500 mil. Na manhã desta quarta-feira (13), o reitor da UFRJ, Roberto Medronho, apresentou a situação orçamentária da universidade. O déficit financeiro de 2024 deverá ser em torno de R$ 70 milhões. O acumulado nos últimos oito anos é de R$ 192 milhões.

Durante as explicações, Medronho disse que o orçamento discricionário da UFRJ em 2012 era de R$ 784 milhões. Em 2024, segundo a universidade, são R$ 392 milhões. O fornecimento de energia segue suspenso em algumas unidades da UFRJ, como na Escola de Belas Artes, a Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, o Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional (Ippur) e a decania do Centro de Letras e Artes (CLA), além da antiga Reitoria. As unidades cadastradas como essenciais, como serviços de saúde e segurança, foram poupadas e seguem com energia.

Nesta quarta-feira (13), a concessionária Águas do Rio também suspendeu a distribuição na sede da Pró-Reitoria de Planejamento, no Fundão. O prazo para pagamento da dívida com a empresa venceu, segundo a Águas do Rio, que não informou o total dos débitos.

Segundo a UFRJ, o prédio principal do Museu Nacional também teve o fornecimento cortado, mas o serviço foi reestabelecido pela Light após um pedido da instituição. O Horto Botânico, que abriga o manto Tupinambá, teve a energia mantida.

A reportagem aguarda resposta da Light.

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