A Universidade do Estado do Rio de Janeiro tenta a reintegração de posse do pavilhão principal do Campus Maracanã, na Zona Norte do Rio. O pedido foi feito à Justiça do Rio, nesta quinta-feira (12). A universidade também solicitou uma liminar que garanta que a Polícia Militar não seja empregada em uma eventual ação dentro da instituição.

Segundo a reitora, Gulnar Azevedo e Silva, a medida foi tomada depois que foram esgotadas todas as possibilidades de acordo.

A reitoria tinha determinado o fim da ocupação até as 10 horas desta quinta-feira (12), o que não aconteceu. Caso o pedido de reintegração de posse seja aceito, oficiais de Justiça devem ir até o campus e notificar os participantes da ocupação para que eles deixem o prédio.

Um dos organidores da ocupação, Rafael Pessanha, afirma que a diretoria não abriu diálogo.

As salas da Reitoria estão ocupadas desde julho. Em agosto, a ocupação se estendeu para todo o pavilhão e as aulas foram suspensas depois que os alunos fecharam as entradas do prédio com mesas, cadeiras e outros objetos.

Depois das reivindicações, a universidade propôs um regime de transição para os alunos que devem perder os benefícios, aqueles com renda familiar por pessoa entre meio salário mínimo e um salário mínimo e meio.  

A ideia é que esse grupo receba um auxílio de 500 reais mensais, em vez dos 706 de antes. Eles também teriam direito a tarifa zero no restaurante universitário e a um auxílio-transporte de 300 reais.

A medida valeria até dezembro.