A UEFA Champions League, o principal torneio de clubes de futebol da Europa, tem conquistado cada vez mais o público feminino no Brasil. É o que aponta a pesquisa de mercado on-line YouGov, que mediu o entusiasmo dos consumidores da América Latina pelo evento.

Segundo o levantamento, no país, as mulheres têm uma probabilidade estatisticamente maior de serem torcedoras do torneio em comparação com os outros países da América Latina.

De acordo com o estudo, as mulheres brasileiras não só acompanham os campeonatos locais, mas também têm demonstrado um interesse crescente por competições internacionais, com destaque para a UEFA Champions League. A pesquisa revelou que 34,6% das torcedoras acompanham a competição.

A estudante Juliana Machado, de 28 anos, fala que a emoção que viveu ao assistir uma partida da Champions entre Inter de Milão e Barcelona é indescritível.

Eu adoro futebol, eu assisto tudo que é possível de futebol e os outros campeonatos, eu assisto mais que o brasileiro, enfim, sul-americano, mas dos campeonatos da Europa eu acho que o campeonato, obviamente, o melhor, o mais emocionante, e o que eu gosto de acompanhar, é a Champions porque é o campeonato que mais dá emoção, assim, é surreal as coisas que acontecem em placar, isso só acontece na Champions, viradas, heróis improváveis. E tudo culminou num jogo que eu fui na Champions uma vez, foi entre a de Milão e Barcelona, e eu senti aquela energia pra mim no estádio e pra mim aquilo nunca vai se superar, assim, eu amo.

De acordo com a pesquisa, entre as torcedoras de outros países da América Latina, o Brasil lidera o ranking. Mesmo com a maioria dos seguidores da competição sendo homens, esses dados refletem uma mudança significativa no cenário dos fãs de futebol no país.

Com um olhar amplo para a América do Sul, o estudo também apontou que a competição tem um índice de satisfação maior na Colômbia, com 19,4 pontos, seguido do Brasil com de 18,3. A Argentina e o México vêm logo atrás, ambos com uma pontuação de 17,2 pontos.

A edição de 2024/25 da Champions será a primeira sob o novo formato projetado para aumentar o número de equipes concorrentes de 32 para 36. Com isso,o levantamento também aponta que pode existir uma rejeição com as mudanças, já que representam uma ruptura com a tradição do campeonato.

O  diretor-geral da YouGov na América Latina, David Eastman, diz que as marcas precisam pensar em como atender a demanda desse público pela competição.

Em primeiro lugar, isso significa que as marcas precisam pensar que há mais mulheres torcedoras da Champions League no Brasil do que em outros países da região. E a representa não apenas oportunidades, mas também desafios para atender esses públicos de forma eficiente.As torcedoras brasileiras da Champions League são mais abertas a patrocínios do que seus colegas homens. Elas não são apenas mais propensas a perceber quem patrocina os eventos esportivos que assistem, elas também são mais propensas a comprar produtos de patrocinadores para apoiar seus times favoritos.

A pesquisa foi realizada pela plataforma YouGov durante o mês de junho.