O túmulo da cantora Clara Nunes, no Cemitério São João Batista, na Zona Sul do Rio, foi alvo de furto e vandalismo. As alças de bronze do lado esquerdo foram arrancadas. Uma placa de homenagem a artista foi quebrada ao meio e a outra parte não está lá.
Os furtos e as depredações no local são frequentes. Os materiais que os criminosos ou moradores de rua pegam são vendidos, posteriormente, de forma ilegal, a ferros-velhos.
Representante da ONG SOS Patrimônio, Marconi Andrade, classificou como "arrastão" o que tem ocorrido no São João Batista. Ele disse que, nos últimos 20 dias, a situação piorou.
Funcionários ouvidos pela reportagem afirmaram que desde o ano passado, precisaram colocar objetos cortantes em cima dos muros, para tentar impedir o acesso de criminosos.
Marconi Andrade ainda disse que a situação não é restrita ao São João Batista, mas ocorre em outros cemitérios da cidade. No Cemitério do Catumbi, na Zona Norte, por exemplo, Andrade relatou que estão roubando mármore e estruturas.
A situação de depredação se repete em quadras mais distantes do túmulo de Clara Nunes também. Além de alças de ferro, os criminosos roubam placas, letreiros, crucifixos e outros objetos de metal.
Procurada, a RioPax, que responde pelo Cemitério, ainda não se posicionou.