Tumulto e confusão marcaram o primeiro dia de atuação da nova gestão do Hospital Federal de Bonsucesso, na Zona Norte do Rio, na manhã deste sábado (19). Segundo o Ministério da Saúde, o Grupo Hospitalar Conceição entrou de forma pacífica no prédio com apoio das forças de segurança, mas após a entrada dos novos funcionários, os manifestantes tentaram retomar a ocupação e a confusão se iniciou.
Agentes do Batalhão de Choque da Polícia Militar usaram gás de pimenta para dispersar o grupo. Segundo a PM, a dirigente do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde, Trabalho, Previdência e Assistência Social, Christiane Gerardo, chegou a ser detida por desacato.
A BandNews FM conversou com um dos funcionários contrários à nova gestão do Hospital Federal, que teve a identidade preservada e a voz distorcida. Ele contou sobre os momentos de tensão no meio do tumulto.
Apesar da confusão, ninguém se feriu. O secretário adjunto de atenção especializada do Ministério da Saúde, Nilton Pereira Júnior, afirmou que a unidade de Bonsucesso vai ter a transição de gestão completa em 90 dias, assim como a abertura da emergência e a entrega progressiva de leitos de UTI e leitos comuns.
Segundo o Ministério da Saúde, a prioridade é de abrir a emergência, salas para cirurgias e mais de 200 leitos, para retomada gradativa de todos os serviços. A capacidade total do Hospital Federal de Bonsucesso é de 412 leitos.
Nesta sexta-feira (18), o GHC publicou um edital para contratação de 2.252 profissionais de saúde em vagas temporárias no Hospital Federal de Bonsucesso. Entre os novos trabalhadores, estarão médicos, enfermeiros, técnicos e funcionários administrativos. O processo seletivo vai priorizar profissionais do Rio de Janeiro, com o objetivo de dar capacidade plena à unidade.
Ainda de acordo com o Governo Federal, os direitos dos servidores serão mantidos. Os profissionais vão poder optar por continuar atuando no hospital ou serem transferidos para outras unidades da rede federal de saúde.