Transporte público desponta como um dos principais desafios para novo governador

Críticas em relação ao serviço da SuperVia, final de concessão da CCR Barcas em 2023 e a expansão do Metrô não concluída são pontos a serem tratados no próximo governo

Gustavo Sleman

Transporte público na cidade do Rio sofre críticas de usuários Tânia Rêgo/Agência Brasil
Transporte público na cidade do Rio sofre críticas de usuários
Tânia Rêgo/Agência Brasil

O transporte público desponta como um dos principais desafios para o futuro governador. O mês de fevereiro de 2023, por exemplo, marca o fim do contrato de concessão da CCR Barcas em relação sistema aquaviário.

Uma nova modelagem vem sendo elaborada por um grupo de trabalho da Universidade Federal do Rio. O relatório final deve ser entregue em janeiro. No plano de trabalho apresentado pela UFRJ há estudos para implementar estações em São Gonçalo, Duque de Caxias, Magé, Galeão, Fundão e Sepetiba.

Enquanto isso, o atual serviço segue recebendo críticas da população. Na avaliação do diretor da FGV Transportes, Marcus Quintella, os principais desafios envolvem o cronograma de todo procedimento e como essa reformulação seria repassada aos passageiros.

Para o especialista em engenharia de transportes da Coppe/UFRJ, Elton Fernandes, o segmentos de transporte público deve ser uma das prioridades do futuro governante.

Outro modal alvo de críticas é o de trens urbanos, com a atual concessionária, a SuperVia, sendo inclusive tema de uma CPI na Alerj devido aos problemas recorrentes que marcam a rotina de quem utiliza o meio.

Além de negociações para o reajuste da passagem, a crise da infraestrutura também se tornou um problema de segurança pública, já que a empresa alega que a maioria dos ocorrências, como atrasos e interrupções na circulação de composições, se dá por conta do furto de cabos e tiroteios.

Diretor da FGV Transportes, Marcus Quintella, acredita que uma encampação não seria a melhor solução.

Outro desafio envolve a expansão do metrô. A estação da Gávea, na Zona Sul, que deveria ficar pronta para os Jogos Olímpicos do Rio, de 2016, já custou R$ 9,5 bilhões aos cofres do estado. Em 2015, a construção foi paralisada e segue sem previsão de conclusão.

Em janeiro de 2018, como não havia previsão para a retomada da obra, os engenheiros decidiram encher os buracos com água, que ajudaria a pressionar as paredes, evitando desmoronamentos. Três anos depois, um estudo da PUC-Rio apontou que a estação tinha risco de afundamento.

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