A primeira audiência de instrução e julgamento das seis pessoas envolvidas com o escândalo de transplantes de órgãos com HIV no Rio de Janeiro vai ser realizada no início da tarde do dia 24 de fevereiro de 2025. O caso vai ser julgado em primeira instância pela 2ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.
A previsão é que durante a sessão se inicie o depoimento de testemunhas solicitadas pelo Ministério Público, que listou 10 pessoas para serem intimadas para falar sobre os fatos revelados com exclusividade pela BandNews FM, e também pelos advogados de defesa dos acusados.
Em seguida, a audiência de instrução e julgamento também prevê o interrogatório dos seis réus, mesmo que eles respondam em liberdade.
Após essa etapa, a Justiça determina um prazo para alegações finais do Ministério Público e das defesas. A sentença da 2º Vara Criminal é feita em seguida.
A ex-funcionária Jacqueline Iris Bacellar foi solta na semana passada. Ainda nesta quarta-feira (11), os sócios Walter Vieira e Matheus Sales Bandoli, além do também ex-funcionário Ivanilson Fernandes dos Santos, devem ser colocados em liberdade para cumprirem medidas cautelares.
Segundo os advogados de Adriana Vargas e Cleber Oliveira, os dois vão pedir extensão da decisão da Sexta Câmara Criminal para solicitar a revogação do mandado de prisão preventiva.
O laboratório PCS Saleme foi proibido de atuar em todo o país. A empresa foi responsável pela emissão de dois laudos falsos-negativos para HIV, que permitiu o transplante de órgãos contaminados com HIV. Seis pessoas passaram a viver com o vírus neste ano. Uma pessoa que também recebeu um órgão infectado morreu dias depois. O óbito é investigado pelas autoridades.
A PCS Lab Saleme foi responsável pela emissão de dois laudos falsos-negativos para HIV
Fernando Frazão/Agência Brasil