Transferência de contraventor Rogério de Andrade para prisão federal ainda não data definida

A prisão em uma unidade federal foi pedida pelo Ministério Público para evitar interferências

Por Gabriela Morgado

Transferência de contraventor Rogério de Andrade para prisão federal ainda não data definida
O bicheiro foi detido na terça-feira da semana passada (29)
BandNews FM

Ainda não há previsão para que o contraventor Rogério de Andrade seja transferido para uma prisão federal. O bicheiro foi detido na terça-feira da semana passada (29), acusado de ser o mandante do assassinato do também contraventor Fernando Iggnácio.

A prisão em uma unidade federal foi pedida pelo Ministério Público para evitar interferências e aceita pela Justiça do Rio. Enquanto aguarda trâmites burocráticos, Rogério de Andrade está em Bangu 1, no Complexo Penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste da capital.

Procurada sobre o processo de transferência, a Secretaria Nacional de Políticas Penais ainda não respondeu.

A Justiça do Rio também determinou que Rogério de Andrade cumpra Regime Disciplinar Diferenciado, que tem limitações ao direito de visita e ao direito de saída da cela, que deve ser individual.

Dois pedidos de habeas corpus da defesa de Andrade foram negados, um que pedia a revogação da prisão preventiva e outro para que ele não fosse incluído no Regime Disciplinar Diferenciado. A defesa alegava ausência de fundamentação necessária para as determinações e que o bicheiro tem filhos menores de idade, que necessitariam de assitência paterna.

Segundo as investigações, Rogério de Andrade disputava com Fernanda Iggnácio o controle de pontos do jogo do bicho deixados por Castor de Andrade, um dos mais conhecidos contraventores do Rio, que morreu nos anos 90. Ele era tio de Rogério e sogro de Iggnácio, que foi assassinado em 2020, em um heliponto na Zona Oeste da capital fluminense.

Em 2021, o Ministério Público chegou a denunciar Rogério de Andrade pelo crime, mas a ação contra o contraventor foi trancada no ano seguinte pelo Supremo Tribunal Federal por falta de provas. Segundo o MP, em uma nova investigação, os promotores identificaram sucessivas execuções pela disputa do controle do jogo do bicho. Na decisão que determinou as prisões, a juíza Alessandra da Rocha Lima Roidis afirmou que foram reunidas novas provas.

Um novo elemento é a participação do policial militar reformado Gilmar Eneas Lisboa, que seria o responsável por monitorar a rotina de Fernando Iggnácio. As novas investigações mostram a ligação de Gilmar e de Andrade com Marcio Araújo de Souza, conhecido como Araújo, homem de confiança a quem Rogério de Andrade teria determinado a morte do rival.

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