Pelo menos 967 pessoas estão desabrigadas, vítimas das chuvas em Petrópolis, na Região Serrana do Rio. Até o momento são 152 mortos e 191 desaparecidos.
Na Paróquia Santo Antônio do Alto da Serra, 240 pessoas são assistidas. Esse é um dos 20 pontos de apoio disponibilizados para atender aqueles que perderam suas casas.
De acordo com o pároco, padre Moisés Fragoso, o momento ainda é muito difícil para todos.
Tem sido dias muito intensos para todos nós. Além da acolhida, temos feito outras atividades com psicólogos, cuidadores de crianças. Fazemos todos esses trabalhos dentro de uma realidade improvisada.
Do pátio da igreja, emocionado, Silas olha para o Morro da Oficina, epicentro da tragédia. Ele é um dos acolhidos na paróquia. Além de perder a casa, que ficava no entorno do morro, também perdeu parentes e amigos.
Segundo ele, apesar da dor, o próximo passo é reconstruir.
Minha casa e a do meu irmão caíram. Eram cinco casas, todas caíram. Estava em casa, consegui sair. Mas voltei para salvar a Valentina, que é filha da Renata, que morreu. Perdi cocunhados, vizinho, amigos. Agora, daqui para frente, é reconstruir.