Tráfico de drogas do Quitungo lucra aproximadamente R$ 500 mil por mês

Segundo investigações da Delegacia de Brás de Pina os criminosos extorquem moradores e comerciantes

Por Thuany Dossares

Operação no Quitungo
Divulgação

O tráfico de drogas do Quitungo, na Zona Norte do Rio, lucra aproximadamente R$ 500 mil por mês com extorsões a moradores e comerciantes, segundo investigações da Delegacia de Brás de Pina (38ª DP). Nesta quinta-feira (6), mais de 500 policiais civis e militares realizaram a Operação Guaiú contra a organização criminosa, que estava se apropriando de imóveis para a exploração. Dez homens foram presos.

As investigações apontaram que a quadrilha tomou o controle de um prédio residencial com 24 apartamentos em novembro do ano passado, após ameaçar o proprietário de morte. Desde então, os bandidos passaram a exigir que os moradores pagassem os aluguéis diretamente à associação de moradores da comunidade, que atuava a mando do chefe do tráfico do Quitungo, Thiago Nascimento Mendes, o Belão.

O delegado Fábio Asty conta que quem não aceitasse a nova determinação era obrigado a deixar o imóvel.

Pelo menos 36 pessoas foram identificadas no esquema ilegal. A Operação Guaiú teve como objetivo cumprir 31 mandados de prisão e cinco de busca e apreensão contra adolescentes que integram o grupo. O presidente da associação de moradores do Quitungo, Edson Joaquim Vicente, estava entre os alvos da ação, mas não foi localizado. Ele já é considerado foragido da Justiça. 

De acordo com a apuração policial, Edson e Belão foram indicados por chefes do tráfico do Complexo da Penha para assumir os negócios ilegais que estavam sendo feitos por meio da exploração de qualquer produto comercializado ou serviço prestado no local.

Outra vítima do bando, segundo os investigadores, era uma empresa de engenharia e construção civil que venceu uma licitação para executar serviços em um conjunto habitacional no Quitungo.

O delegado Fábio Asty explica que a empresa era obrigada a pagar uma taxa de R$ 15 mil aos traficantes.

Na ação, os agentes atuaram no Complexo da Penha e no Quitungo e houve intenso tiroteio. Por causa da operação, dez unidades escolares foram impactadas, afetando 1.253 alunos.

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