A transferência de 26 chefes do crime organizado no Rio para presídios federais não deve mais acontecer, segundo especialistas. A medida foi anunciada nesta semana. No entanto, uma decisão da segunda instância do Tribunal de Justiça do Rio suspendeu a ida de Marco Antonio Pereira Firmino Da Silva, conhecido como My Thor, para fora do estado. O desembargador José Muiños concordou com a alegação da defesa de que os advogados não tiveram oportunidade de se manifestar no processo e que o Ministério Público também não foi ouvido.
O novo veredicto derruba a decisão da 1ª instância do Tribunal, que determinava a transferência dos presos. O criminalista Fábio Couto afirma que todos os demais criminosos devem ser beneficiados com a mesma medida.
A opinião é compartilhada com o também advogado criminalista Paulo Machado.
O Tribunal de Justiça informou que cada eventual pedido de suspensão de transferência só pode ser feito em ação individual, que é então distribuída entre as oito câmaras criminais.
O traficante My Thor é apontado como um dos chefes de uma das principais facções criminosas do Rio. Ele possui 32 anotações criminais, entre elas por tráfico de drogas e homicídio qualificado, além de porte, uso e venda de armas.