O Ministério Público do Rio classifica como "tour da proprina" e "verdadeira caçada ao arrego" o esquema de extorsão praticado por policiais militares do Batalhão de Mesquita, na Baixada Fluminense, contra comerciantes de Nova Iguaçu, na mesma região.
Além dos 22 mandados de prisão expedidos contra os agentes, a ação da corregedoria da PM e do MP também teve como objetivo cumprir 58 mandados de busca de apreensão.
Segundo as investigações, os policiais extorquiram, semanalmente, pelo menos 54 comerciantes de Nova Iguaçu. Os crimes acontecerem durante o segundo semestre do ano passado. A lista de alvos dos agentes vai de ferro velho a hortifruti. De acordo com a porta-voz da PM, Claudia Moraes, a ação era organizada e tinha dia certo para acontecer.
As investigações começaram depois de uma denúncia anônima. Durante as extorsões, os policiais paravam nas portas dos estabelecimentos para cobrar a propina. Em alguns casos, um PM chegava a entrar no comércio para buscar a quantia. Os investigados também levavam mercadorias, como engradados de cerveja e até frutas.
Para não serem flagrados enquanto cometiam o crime, os agentes tentavam burlar as câmeras acopladas aos uniformes, como explica a porta-voz da corporação, Claudia Moraes. Os agentes foram levados para sede da Corregedoria Geral da Polícia Militar e vão responder por corrupção passiva, negativa de obediência e organização criminosa.
Os agentes são lotados no Batalhão de Mesquita
Reprodução/Gov RJ