O diretor de Transição Energética da Petrobras, Maurício Tolmasquim, anuncia o investimento de US$ 11 bilhões para assegurar a exploração e produção com a infraestrutura necessária para o escoamento do gás natural nos próximos anos.
Com o aporte, o executivo disse esperar um "choque positivo de oferta" do combustível, ou seja, um aumento da quantidade de gás ofertado. Segundo Tolmasquim, a medida trará mais atratividade para os preços no mercado.
Em um evento do Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), nesta quarta-feira (10), Tolmasquim ainda disse que um montante de 50 milhões de m³ deve entrar no mercado para suprir a "produção declinante" de campos atuais.
A declaração segue a toada de sinalizações de Jean Paul Prates, presidente da Petrobras.
Prates anunciou nesta semana o início de operação da plataforma Anna Nery e selou uma parceira com as petroleiras Repsol Sinopec e Equinor para exploração de um bloco capaz de produzir e exportar 16 milhões de m³/dia de gás, ambos na Bacia de Campos.
Soma-se aos anúncios a entrada em operação do Rota 3, em 2024, que planeja ampliar o escoamento do combustível fóssil na Bacia de Santos.
No entanto, segundo ele, ainda é um desafio tornar os preços do mercado mais atrativos.
Com a aprovação do Novo Mercado do Gás, no ano passado, houve um processo de abertura de mercado para o setor.
Além disso, a Petrobras havia elevado a vinculação de preço do modal energético à variação do petróleo do tipo Brent e da taxa de câmbio, de 12% para 16,75%, em 2022. A medida é criticada pelo presidente da companhia, Jean Paul Prates.
Nas últimas semanas, a Petrobras e o BNDES anunciaram a criação de um grupo de trabalho para aprofundamento no tema.