Tiroteios na Zona Oeste aumentam 55% neste ano, aponta Instituto Fogo Cruzado

Foram registrados quase 700 tiroteios na região entre 5 de janeiro e 5 de outubro de 2023, frente a cerca de 450 no mesmo período do ano passado

Por Guilherme Faria (sob supervisão)

Os bairros mais impactados são: Praça Seca, Vila Kennedy, Cidade de Deus, Bangu e Tanque
Divulgação

O número de tiroteios na Zona Oeste do Rio cresceu 55% em 2023. Os dados são de um levantamento do Instituto Fogo Cruzado. Foram registrados quase 700 tiroteios na região entre 5 de janeiro e 5 de outubro deste ano, frente a cerca de 450 no mesmo período do ano passado. 

O instituto aponta que o aumento tem relação com as disputas por território entre traficantes e milicianos, que se intensificaram após a morte do chefe da principal milícia da região, em junho de 2021. Os bairros mais impactados são: Praça Seca, Vila Kennedy, Cidade de Deus, Bangu e Tanque.

A Zona Oeste também registra aumento no número de baleados neste ano: são 401. Destes, 234 morreram e outros 167 ficaram feridos. O número de mortos cresceu 127% e o de feridos aumentou 43% na comparação ao mesmo período do ano passado.

O levantamento mostra que o ataque a tiros na Avenida Lúcio Costa, na Barra da Tijuca, na última quinta-feira (5), foi uma das 38 chacinas ocorridas na Região Metropolitana do Rio de Janeiro em 2023, resultando em 145 mortes. Na Zona Oeste, foram 13 ocorrências, com 47 mortos. No mesmo período, em 2022, houve quatro chacinas que deixaram 12 mortos na região.

O Instituto Fogo Cruzado apresenta, ainda, os dados referentes a outras regiões do Rio. No Leste Metropolitano, que tem sete municípios, foram 403 tiroteios em 2023. Já na Baixada Fluminense, o Instituto mapeou 722 tiroteios em 13 cidades no período analisado.

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