A violência em Quintino, na Zona Norte do Rio, provocou a remoção de alunos com necessidades especiais, da Faetec, para um local improvisado na parte da frente da unidade. A ideia é facilitar o deslocamento dos estudantes, nos momentos de confronto armado na região. Só esse ano, por dez vezes, as atividades foram totalmente suspensas no local e todas as atividades precisaram ser paralisadas.
Um professor que trabalha no Faetec de Quintino conta que, todos os dias, convive com tiroteio na região e, com isso, a comunidade escolar já desenvolveu táticas de sobrevivência. Ele teve a identidade preservada e a voz distorcida.
A Faetec de Quintino é cercada por favelas. De um lado, fica o morro do Fubá, em Cascadura, também na Zona Norte, do outro: a comunidade do Sassú e o Morro do 18, já em Água Santa, na mesma região.
Dados do Instituto de Segurança Pública mostram que, só nos cinco primeiros meses desse ano, foram 1.500 roubos na região, o que representa uma média de um assalto a casa duas horas e meia.
A Polícia Militar foi procurada, mais de uma vez, mas não se pronunciou.