Tio e primo do deputado federal Dr.Luizinho são sócios do PCS LAB

O Ministério Público, o Ministério da Saúde, a Justiça, a Polícia Civil e o Cremerj investigam o caso, que foi divulgado em primeira mão pela BandNews FM

Por Gustavo SlemanFernanda Caldas

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A reportagem da BandNews FM ainda tenta contato com a PCS Laboratórios e os demais envolvidos
Divulgação

Dois dos três sócios do laboratório envolvido na contaminação de seis pessoas com HIV durante transplante de órgãos no Rio de Janeiro são parentes do ex-secretário de estado de Saúde e deputado federal Dr. Luizinho. O parlamentar é líder do PP na Câmara dos Deputados e, mesmo sem comandar mais a pasta, possui influência em ações da secretaria. Também foi na gestão dele que o PCS LAB passou a prestar serviço para o Governo do Estado.

Walter Vieira e Matheus Sales Teixeira Bandoli Vieira são tio e primo do deputado. Eles estão listados no quadro de sócios administrativos do laboratório.

Segundo nota enviada pelo deputado Dr. Luizinho, Walter casou com a irmã da mãe do politico. É dele o CRM que aparece em documentos do PCS.

Matheus Sales é filho do casal. O nome dele aparece em assinaturas de documentos como representante do laboratório.

No comunicado, Luizinho afirmou que conhece a empresa há mais de 30 anos e que ela foi dirigida, inicialmente, pelo pai de Walter Vieira. O deputado ainda lamentou o ocorrido e disse que espera que as investigações resultem em punições exemplares aos responsáveis pelo que ele classificou como gravíssimos casos de contaminação.

A reportagem da BandNews FM ainda tenta contato com o PCS LAB e os demais envolvidos.

Seis pessoas testaram positivo para HIV no estado do Rio. As contaminações aconteceram após os exames feitos pelo laboratório em dois doadores de órgãos que eram soropositivos apresentarem resultado negativo. Os procedimentos foram realizados no PCS LAB. A notificação do primeiro caso foi feita no dia 10 de setembro.

O Hemorio está concentrando todos os testes a partir de agora e realiza exames em mais de 280 doadores para verificar se há outros casos de infecção.

Em nota, o laboratório PCS informou que abriu sindiância interna para apurar as responsabilidades e que informou à Central Estadual de Transplantes os resultados de todos os exames de HIV realizados em amostras de sangue de doadores de órgãos entre 1º de dezembro de 2023 e 12 de setembro de 2024, período em que prestou serviços à Fundação Saúde.

De acordo com a empresa, nos procedimentos foram utilizados os kits de diagnósticos recomendados pelo Ministério da Saúde e pela Anvisa.

O PCS afirmou ainda que vai dar suporte médico e psicológico aos pacientes infectados com HIV e familiares e que está a disposição das autoridades que investigam o caso.

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