O presidente Lula afirma que a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, a COP30, que será realizada de 10 a 21 de novembro de 2025, em Belém, será a última chance do planeta para evitar o que chamou de ruptura irreversível no sistema climático. A declaração foi dada na abertura da terceira e última plenária da Cúpula de Líderes do G20 que vai tratar sobre mudanças climáticas e transição energética.
A criação de Conselho de Mudança do Clima na ONU foi proposto pelo Brasil para articular diferentes atores, processos e mecanismos que hoje se encontram fragmentados.
Na declaração final dos chefes de Estado, divulgada na noite de segunda-feira (18), os líderes falaram sobre compromisso com o Acordo de Paris e o objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C.
Lula disse que o Acordo de Paris chega a Belém em 2025 com resultados ainda "aquém do necessário". Os países-membro do G20 são responsáveis por 80% das emissões de gases do efeito estufa.
A presidência brasileira do G20 lançou a Força-Tarefa para Mobilização Global contra a Mudança Climática (TF-CLIMA).
Lula disse que ninguém imaginava que três décadas após as Convenções-Quadro da ONU sobre Mudança do Clima, Biodversidade e Desertificação o mundo viveria o ano mais quente em 2023.
O presidente também disse que é necessária uma governança climática mais forte.
Na declaração final da Cúpula de Líderes, os chefes de estado citam a necessidade de triplicar a capacidade global de energias renováveis e melhorar a eficiência energética até 2030.
A proposta de Lula também é a antecipação das metas de neutralidade climática de 2050 para 2040 ou até 2045.
Sobre a Amazônia, o presidente do Brasil disse que a Amazônia vai continuar ameaçada em meio ao aquecimento global.
Mais de 60 mil pessoas devem ser recebidas, entre chefes de Estado, diplomatas, empresários, investidores, ativistas e delegações dos 193 países membros, na COP 30, que será sediada no Pará.