Telefones e papeis com informações sobre eleitores são apreendidos em operação contra candidata

Segundo investigação, Elisa Giovanna, presidente municipal do Podemos, junto com outras pessoas, fornecia comprovantes de residência falsos

Por Gabriela MorgadoYasmin Bachour

Procurada, a candidata não se manifestou
Divulgação

A Polícia Federal apreende nove aparelhos telefônicos e papéis com informações sobre eleitores durante uma operação contra uma candidata a vereadora em Itaguaí, na Baixada Fluminense. Segundo a investigação do Ministério Público Eleitoral, Elisa Giovanna, presidente municipal do Podemos, junto com outras pessoas, fornecia comprovantes de residência falsos para os possíveis eleitores, prometendo vantagem econômica em troca de votos, para que eles se alistassem ou alterassem o domicílio eleitoral para a cidade de Itaguaí.

Na operação desta quinta-feira (3), os agentes foram às ruas cumprir seis mandados de busca e apreensão em Itaguaí e na cidade do Rio de Janeiro.

Durante as investigações, parte dos alvos chegou a ser flagrada no cartório de Itaguaí pagando multas eleitorais de pessoas cooptadas.

Os alvos vão responder por organização criminosa, inscrição fraudulenta, com uso de documento falso, por oferecer vantagem ilícita em troca de voto e por corrupção de menores, já que muitas vítimas eram menores de idade. As penas, somadas, podem chegar a 22 anos de prisão.

Procurada, a candidata não se manifestou. A BandNews FM aguarda posicionamento do Podemos.

No mesmo dia, os agentes realizaram outra operação e cumpriram três mandados de busca e apreensão em endereços em campos dos goytacazes, no norte do estado. Os alvos também são suspeitos de corrupção eleitoral, com a coação de eleitores pra que votassem no candidato a vereador bruno pezão.

A BandNews FM aguarda posicionamento dele.

Nesta quarta (2), um homem foi preso em flagrante em outra ação da PF, com quase R$ 2 milhões em espécie, que seriam usados para a prática de corrupção eleitoral, segundo as investigações. Ele foi localizado em um estacionamento no Centro de Duque de Caxias, também na Baixada.

De acordo com fontes da Band, o preso é dono de um centro de diagnósticos que tem contrato com as Prefeituras de Caxias e de São João de Meriti, o Centro de Imagem e Diagnósticos São Jorge.

A reportagem tenta contato com o Centro de Imagem. A Prefeitura de Duque de Caxias disse que aguarda o resultado das investigações para que sejam tomadas providências quanto ao vigente contrato. A Prefeitura de São João de Meriti afirmou que o contrato citado foi feito estritamente de acordo com as regras da lei. 

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