Técnicos administrativos de pelo menos trinta e duas universidades federais estão em greve. A categoria pede, entre outros pontos, a reestruturação do plano de carreira e uma recomposição salarial. O movimento foi aprovado em plenária realizada no último sábado (9).
Segundo a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Instituições de Ensino Superior Públicas do Brasil, os funcionários das quatro universidades federais do Rio - UFRJ, UFF, Unirio e UFRRJ - aderiram à greve. Representantes de outras universidades federais se reúnem ainda nesta semana para definir se aderem ao movimento ou não.
De acordo com o coordenador de comunicação da Fasubra, Francisco dos Santos, há conversas com o Governo Federal sobre os temas levantados desde o ano passado. Ele afirma, no entanto, que até o momento os pedidos da categoria não foram atendidos.
Em nota, a UFF afirmou que está em contato com o sindicato para tratar de assuntos relacionados aos serviços essenciais da universidade. Já a UFRJ informou que o calendário acadêmico está mantido, com o início das aulas previsto para a semana que vem.
Também em nota, a Unirio disse que o funcionamento dos serviços essenciais está assegurado. A UFRRJ informou que as aulas não estão suspensas, mas ressaltou que, com a greve, o funcionamento do dia a dia da universidade deve ser afetado.
Questionado pela BandNews FM, o Ministério da Gestão informou que, em 2023, a categoria recebeu reajuste linear de 9%, além do aumento de 43,6% no auxílio alimentação. Segundo o governo, este foi o primeiro reajuste concedido aos servidores em oito anos. A pasta afirma que a recomposição da força de trabalho na Administração Pública Federal é pauta prioritária da pasta.
Ainda de acordo com o Governo Federal, o debate sobre reajuste para o ano de 2024 começou no segundo semestre do ano passado. Ainda em nota, a pasta afirmou que segue aberta ao diálogo com os servidores.
Nesta quarta-feira (13), os servidores da Universidade do Estado do Rio de Janeiro também fazem uma paralisação. Segundo o Fórum dos Servidores Públicos do Estado, o objetivo é garantir a participação da categoria docente da Uerj em uma manifestação na Zona Sul do Rio, para cobrar do governador Cláudio Castro o pagamento das parcelas atrasadas da recomposição salarial acordada em 2021.
Em nota, a Uerj afirmou que os serviços foram mantidos normalmente na quarta-feira (13).
Procurado, o Governo do Estado não respondeu à reportagem.