
O Tribunal de Contas do Estado pede esclarecimentos à Agetransp e à Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana após um estudo apontar que a mudança no índice econômico utilizado para os reajustes no preço do metrô ajudou a encarecer o bilhete.
Entre 2021 e 2022, a tarifa era baseada no Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M), medido pela FGV.
Nesse período, o índice aplicado acumulou 28,12% a mais do que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, que é a inflação, por conta do cenário econômico da pandemia.
A partir de 2023, o reajuste passou a considerar o Índice de Preços ao Consumidor Amplo, a inflação oficial do país, que somado a 2024, valorizou 9,81% a mais do que o IGP-M.
Para exemplificar, o estudo diz que caso fosse considerado somente o IPCA para o reajuste entre 2021 e 2024, a tarifa hoje poderia ser de R$ 5,81.
No mesmo período, se as mudanças considerassem somente o IGP-M, o bilhete custaria R$ 6,84. Ambos os valores estão abaixo do que é praticado no transporte metroviário atualmente, que é de R$ 7,50.
Apesar do preço, passageiros reclamam recorrentemente de problemas no sistema, principalmente de acessibilidade.
A partir de 12 de abril, a passagem ainda vai aumentar para R$ 7,90, o maior valor cobrado por este tipo de modal no Brasil.
A reportagem aguarda uma resposta dos órgãos mencionados.