Uma investigação do Tribunal de Contas do Estado apontou que a empresa Limppar, responsável pela coleta de lixo do município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense, causou um prejuízo de mais de R$ 40 milhões aos cofres municipais, com fraudes e outras irregularidades.
Durante a investigação, o órgão descobriu que a companhia alterava a quantidade de lixo recolhido para aumentar a verba recebida, já que o pagamento era feito conforme as toneladas de material coletado. O Tribunal de Contas do Estado também descobriu que a empresa contaminou lixo de forma proposital e ainda descumpriu a determinação de que os caminhões deveriam ter cerca de cinco anos de uso. Em alguns casos, os veículos tinham mais de 40 anos.
O TCE foi acionado pela própria empresa, após a Prefeitura optar pela não prorrogação do contrato firmado. A Limppar moveu uma ação no Tribunal de Justiça do Rio, que foi contra o pedido.
A investigação foi aberta pelo TCE, já que a Limppar alegou que o município de Belford Roxo havia contratado outras três empresas para o mesmo serviço.
Após recorrer da primeira decisão, a Justiça do Rio foi favorável ao retorno da Limppar às atividades em Belford Roxo. Até agora, nem a empresa nem a Prefeitura afirmaram se, de fato, depois da decisão, ela retomou a coleta na cidade.
Nesta segunda-feira (15), a BandNews FM percorreu diversos pontos do município e encontrou montanhas de lixo em diversas regiões. Moradores afirmam que não se lembram da última vez que a coleta aconteceu. Em outras localidades, o lixo não tinha sido retirado há, pelo menos, sete dias.
Segundo fontes da BandNews FM, uma das empresas contratadas era a Força Ambiental que, no dia 8 de abril, foi notificada para encerrar os trabalhos. Desde então, a coleta não acontece no município.