A taxa média de desemprego no Brasil ao longo do ano passado foi a menor desde 2014. O índice ficou em 7,8%, um recuo de 1,8 ponto porcentual na comparação com 2022, quando 9,6% da população procurando emprego estava desocupada.  

Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, divulgada pelo IBGE nesta quarta-feira (31). No último trimestre do ano, a taxa de desocupação caiu 0,3 ponto porcentual e ficou em 7,4%.  

Segundo o IBGE, os dados confirmam a tendência de recuperação do mercado de trabalho após o impacto da pandemia de Covid-19.

A colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, explica que o resultado é reflexo de dois movimentos simultâneos: a maior oferta de vagas e a redução do número de pessoas buscando emprego.

Segundo o IBGE, o número de pessoas ocupadas voltou a bater recorde na série histórica, que começou em 2012, e chegou a 100 milhões e 700 mil pessoas no ano passado. Já a população desocupada foi de 8 milhões e meio de pessoas.

A coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, ressalta que o crescimento de vagas foi disseminado por diversos segmentos.  

Apesar do resultado positivo, a engenheira de produção Beatriz da Matta conta que se formou em julho e, desde então, não conseguiu se inserir no mercado de trabalho.  

Ainda de acordo com a pesquisa, o número de empregados com carteira assinada foi recorde, com crescimento de 5,8% no ano passado. Por outro lado, o contingente de empregados sem carteira assinada também aumentou cerca de 5,9%, chegando a 13 milhões e 400 mil pessoas na informalidade, o número mais alto desde 2012.

Já o rendimento médio do trabalhador foi de R$ 2.979, uma alta de 7,2% na comparação com 2022.