A taxa de sindicalização dos trabalhadores brasileiros em 2022 caiu ao menor nível desde o início da medição do IBGE, em 2012. Os dados, que fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua, foram divulgados nesta sexta-feira (15).
Dos 99 milhões e seiscentas mil pessoas ocupadas, somente 9 milhões e 100 mil estavam associadas a sindicatos no ano passado, o equivalente a 9,2%.
Todas as regiões do país tiveram redução na taxa, mas a queda em relação a 2019 foi maior no Sudeste, com perda de 2,4 pontos porcentuais. Na comparação com 2012, o Sul registrou a maior redução, de 2,4 pontos porcentuais.
Segundo a pesquisa, o número de pessoas empregadas também foi o maior registrado em 2022, com alta de 4,9% frente a 2019. No entanto, a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy, explica por que a expansão da população ocupada nos últimos anos não resultou em aumento da cobertura sindical.
O setor de agricultura e pecuária teve a maior taxa de sindicalização no ano passado, de 16,5%. A única atividade que teve aumento do número de trabalhadores sindicalizados foi a de serviços domésticos, que subiu de 2,7% em 2012 para 2,8% em 2022. A maior queda foi no setor de transporte, armazenagem e correios, que passou de 20,7% para 8,2% no mesmo período.
Devido à pandemia da Covid-19, não houve divulgação dos dados de 2020 e 2021.