A taxa de desemprego fica em 7,5% no Brasil no trimestre encerrado em novembro. De acordo com o IBGE, o indicador chegou ao menor patamar para esse período desde 2014, quando ficou em 6,6%.
Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), o desemprego estava em 7,8% no trimestre encerrado em agosto, 0,3 pontos porcentuais acima do registrado em novembro. No mesmo trimestre de 2022, a taxa era de 8,1%.
Com o aumento da população ocupada, o nível da ocupação (porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) apresentou crescimento e ficou em 57,4%.
Da alta de 853 mil pessoas ocupadas, a maior parte delas foi ao mercado de trabalho privado com carteira assinada. Segundo o IBGE, duas atividades sustentaram a ocupação: a atividade industrial e a construção, que, juntas, acumularam crescimento de 568.000 vagas.
Isso representa um crescimento de 0,9% na comparação trimestral e esse crescimento reprisa os movimentos que se observam em trimestres encerrados em novembro de anos anteriores. Afirma a coordenadora da pesquisa, Adriana Beringuy.
O número de pessoas dentro da força de trabalho (soma de ocupados e desocupados) teve alta de 0,6% no trimestre.
Para além do trabalho formal, o crescimento dos ocupados trouxe a elevação do trabalho informal. Em um ano, são 592 mil trabalhadores informais a mais, atingindo 39,4 milhões de pessoas. Esse foi o segundo maior contingente desde o início da série histórica.
Rendimento
Houve melhora também pelo lado da renda. A massa de rendimento (soma de todos os trabalhadores) chegou a R$ 300 bilhões. O rendimento médio do trabalhador ficou em R$ 3.034, 3,8% maior que no ano anterior.
A gente tem um contingente maior de pessoas ocupadas e que estão ocupadas com rendimentos maiores. Argumenta a coordenadora das Pesquisas por Amostras de Domicílios do IBGE.
Na comparação anual nenhuma forma de inserção apresentou queda no rendimento, seja no trabalho formal, seja no informal. Todos registraram variação positiva.