A taxa de desemprego no Brasil ficou em 7,5% no trimestre encerrado em abril deste ano. Esse foi o menor índice para o período desde 2014. Na época, a taxa foi de 7,2%. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua divulgada nesta quarta-feira (29) pelo IBGE.
A taxa apresentou estabilidade em relação ao trimestre encerrado em janeiro e caiu 1 ponto porcentual em relação ao mesmo período do ano passado.
A colunista de economia da BandNews FM, Juliana Rosa, explica que as mudanças estruturais pós-pandemia colaboraram para a melhoria do cenário.
Os dados da PNAD mostraram que o índice da população desocupada teve redução de 9,7% no ano. Apesar da perspectiva favorável, durante o trimestre, cerca de 8 milhões e 200 mil pessoas permaneceram desempregadas.
Carlos Gomes, de 55 anos, trabalhava para uma empresa que prestava serviços em uma faculdade em Itaboraí, na Região Metropolitana do Rio. Porém, em fevereiro, a unidade fechou e ele foi demitido. Carlos conta que, além dele, aproximadamente 20 pessoas também ficaram desempregadas.
Ainda segundo a pesquisa, a população ocupada teve crescimento de 2,8% no ano, chegando a 100 milhões e 800 mil pessoas. O número de pessoas com carteira assinada chegou a pouco mais de 38 milhões, o maior contingente da série histórica.
Outro indicador que teve crescimento no ano foi o do rendimento médio real das pessoas ocupadas. O valor apresentou alta de 4,7% no ano e ficou em R$ 3.151.
O economista do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas Rodolpho Tobler explica como o aumento dos salários reflete na economia.
A PNAD Contínua é o principal instrumento para o monitoramento da força de trabalho no país e é calculada desde 2012.