Espécie da Baía de Guanabara, a tartaruga-verde saiu da lista oficial de animais ameaçados de extinção. A divulgação aconteceu na última semana pelo Ministério do Meio Ambiente.
Contando com esta, quatro, das cinco espécies existentes no Brasil melhoraram o estado de conservação. A tartaruga-de-pente, a mais ameaçada de extinção, sai da categoria "criticamente em perigo" para "em perigo". As espécies de tartaruga-oliva e cabeçuda passam de "em perigo" para "vulnerável".
O Projeto Aruanã, do Departamento de Biologia Marinha da Universidade Federal Fluminense, acompanha a situação das tartarugas marinhas na Região Metropolitana do Rio. Alguns dos objetivos são identificar as ameaças e propor medidas de conversação e mitigação de impactos.
De acordo com coordenadora do Estudo, Suzana Machado, apesar da pequena vitória, a tartaruga-verde ainda pode voltar à lista de animais em extinção e, por isso, a necessidade de atenção à instabilidade de condições.
Ainda de acordo com Suzana, a conscientização e os esforços precisam ser intensificados não só pelos projetos vinculados a este objetivo, mas pela sociedade em geral. Suzana Machado lembra que a tartaruga tem ciclo de vida de 25 a 30 anos e as medidas de proteção vão ter resultado após três décadas, tempo suficiente para os animais voltarem a declinar.
A única que ainda não saiu deste rol foi a tartaruga-gigante, que ainda permanece como Criticamente Em Perigo.
Apesar da entrada de 219 novas espécies e subespécies da fauna na Lista, 220 tiveram melhora no estado de conservação e foram para categorias de menor risco, quando comparada à avaliação em 2014. Na mesma comparação é possível perceber ainda que 144 espécies de tartaruga também apresentaram melhores condições de conservação.
*Estagiária sob supervisão de Isabele Rangel