Tarifas de gás vão ficar mais caras a partir de janeiro

O reajuste ocorre após novos contratos de fornecimento de gás natural firmados entre a Petrobras e a Naturgy

Por Pedro Dobal

Tarifas de gás vão ficar mais caras a partir de janeiro
Tarifas de gás vão ficar mais caras a partir de janeiro
Divulgação/Agência Petrobras

O preço do GNV cobrado pela concessionária Naturgy aos postos de combustíveis deve subir 7,8% na Região Metropolitana do Rio e 8,5% no interior do estado, a partir de primeiro de janeiro do ano que vem. O cálculo foi feito pela Federação das Indústrias do Rio, com base em dados divulgados pela companhia.  

O impacto para os motoristas, porém, pode ser diferente, já que também depende das margens de lucro de cada estabelecimento.  

No caso dos clientes residenciais, a alta é de 2% para o interior e, no Grande Rio, a tarifa permanece praticamente sem alteração.

O reajuste ocorre após novos contratos de fornecimento de gás natural firmados entre a Petrobras e a Naturgy, depois de dois anos de disputas judiciais. O acordo foi homologado pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio, e começou a valer nesta sexta-feira (1º). O valor total dos contratos, que têm duração de 10 anos, é de R$ 51,6 bilhões.

Apesar do aumento, a Firjan estima que o impacto nos preços para os clientes industriais é 90% menor que o anunciado no fim de 2021 pela Petrobras, quanto a companhia pedia um reajuste de 50% nos contratos com a Naturgy. A estatal alegava um aumento expressivo nos preços internacionais, que chegaram a subir cerca de 500% em 2021.

Na época, a Naturgy, o Governo do Estado e a Firjan entraram na Justiça, e liminares suspenderam o aumento.  

O coordenador de Conteúdo Estratégico de Petróleo e Gás da Firjan, Fernando Montera, destaca que o acordo traz mais segurança aos empresários em relação aos custos do gás natural.  

Segundo a Firjan, caso fosse mantido, o reajuste de 50% nos contratos teria impacto direto de aproximadamente 40% para as indústrias. Agora, com o acordo, o aumento varia entre 3% e 5%. Ao longo dos dois anos em que as liminares estiveram em vigor, o custo evitado para os consumidores chegou a R$ 4 bilhões.

O último aumento das tarifas da Naturgy entrou em vigor no início de novembro.

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