A Justiça do Rio manteve a prisão de um dos homens presos acusado de envolvimento no assassinato do ator Jeff Machado. Jeander Vinícius da Silva Braga passou por audiência de custódia neste domingo (4). O juiz Diego Fernandes Silva Santos entendeu que não houve irregularidades na prisão, que aconteceu na sexta-feira (2), em Santíssimo, na Zona Oeste do Rio.
Em um novo depoimento, Jeander mudou a versão e disse que Jeff relatou gosto amargo em um suco preparado por outro suspeito. Apontado como mentor do crime, Bruno de Souza Rodrigues é considerado foragido e já teve o nome incluído nos sistemas da Polícia Federal.
A defesa dele vai entrar com um pedido de habeas corpus contra a decisão que determinou a prisão. A Justiça considerou que Bruno mudou de endereço recentemente e esteve em contato com as testemunhas, atrapalhando as investigações.
O advogado João Maia, que representa Bruno, entende que a prisão não é necessária, já que o acusado teria colaborado para a localização do corpo e o esclarecimento do crime.
A defesa vai provar ao longo do processo que não foi ele que matou Jefferson Machado, que não houve premeditação e que a dinâmica é diversa do que a polícia apresenta. Com relação à prisão, a defesa vai enfrentá-la por meio do habeas corpus, para demonstrar que a colaboração de bruno para localização do corpo e para o esclarecimento de diversos outros pontos muito importantes para a investigação efetivamente afasta a necessidade de prisão. A defesa não tem conhecimento de qualquer fuga de Bruno para fora do país
Os dois devem responder por homicídio e ocultação de cadáver, mas a defesa da família do ator pediu que outros cinco crimes sejam imputados.
Jeff estava desaparecido desde o fim de Janeiro. O corpo dele foi encontrado no último dia 22, dentro de um baú concretado e enterrado a dois metros de profundidade no quintal de uma casa em Campo Grande, na Zona Oeste. As investigações apontam que ele foi estrangulado com um fio de telefone.
A polícia afirma que o assassinato foi premeditado e por motivações financeiras. Bruno e Jeander teriam a intenção de dividir os lucros obtidos com as vendas dos bens de Jeff. Ele teria sido morto ao descobrir que estaria sendo vítima de um possível golpe envolvendo um suposto papel em novela.
Oito dias depois do crime, uma câmera de segurança flagrou Bruno Rodrigues e o marido saindo de uma concessionária após avaliar o valor de venda do carro de Jeff. De acordo com os investigadores, ele só não vendeu porque não tinha a assinatura da vítima. Bruno ainda chegou a anunciar o imóvel do ator na internet por R$ 280 mil.