A Secretaria de Estado de Transporte e Mobilidade Urbana deve se reunir na próxima semana com representantes da SuperVia para discutir os problemas atuais na prestação do serviço.

Na semana passada, a pasta notificou a empresa por não cumprir as obrigações de investimento previstas no contrato de concessão e deu até segunda-feira (21) para a companhia prestar esclarecimentos.

Segundo o secretário Washington Reis, caso os investimentos não sejam comprovados, o governo vai avaliar as medidas legais cabíveis e a extinção do contrato não está descartada. Na semana passada, a Justiça do Rio suspendeu uma liminar que impedia qualquer alteração para suspender o contrato com a companhia.

A SuperVia afirma que investiu mais de R$ 1,2 bilhão no prazo acordado e que o Estado tem dívidas de mais de R$ 1 bilhão com a concessionária. Na quinta-feira (17), passageiros precisaram andar pela linha férrea após a circulação de trens ser suspensa em parte do ramal Saracuruna.

A notificação encaminhada à empresa também pede que a concessionária indique como vai fazer a compensação por não ter operado o trecho do antigo ramal Santa Cruz X Itaguaí. A companhia pode pagar o valor referente à obrigação ou executar outro investimento em troca.

No fim do mês passado, uma audiência entre a SuperVia e a Secretaria de Transportes terminou sem acordo.

Em abril, a empresa anunciou que não gostaria de continuar operando o serviço, mas voltou atrás semanas depois. O contrato atual prevê que a concessão poderia ser renovada automaticamente até outubro de 2048 se a empresa cumprisse todas as determinações de investimentos impostas.

A Gumi, empresa que controla a concessionária, está em negociação com outros grupos para buscar um novo controlador acionário para a SuperVia.