O relatório elaborado pela CPI que investiga problemas nos trens da SuperVia aponta que das mais de 180 multas aplicadas pela Agetransp à concessionária, apenas 32% foram pagas. O documento foi entregue aos deputados nesta segunda-feira. A presidente da CPI, deputada Lucinha, cobrou mais rigor na fiscalização.
Das 104 estações que compõem o serviço, 8 estão sob domínio do tráfico de drogas. Segundo o Governo do Estado, 4 foram recuperadas na ultima sexta-feira, durante ação envolvendo as polícias militar e civil, além do Procon Estadual e da Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor.
Além da falta de controle nesses pontos, passageiros sofrem diariamente com atrasos. Muitas interrupções do serviço são provocadas pelo furto de cabos. Em janeiro deste ano foram 119 ocorrências desse tipo de crime, um aumento de 400% em relação ao mesmo mês em 2021.
A usuária Maria de Fátima Azevedo reclama dos problemas diários.
A CPI também cobrou da SuperVia mais investimento e melhorias. O presidente da Agetransp, Murilo Leal, reconheceu que o serviço está longe de ser o ideal.
Na sexta-feira, o governador do Rio, Cláudio Castro, reconheceu que o Estado pode arcar com os custos dos investimentos necessários para recuperar as estações e os trens.