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SuperVia estima que precisa de R$ 60 milhões para garantir funcionamento até dezembro

O valor seria para cobrir despesas, obrigações, manutenção de caixa e investimentos mínimos essenciais

Por João Boueri

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SuperVia terá trens extras neste sábado
Henrique Freire/Governo do Rio de Janeiro

A SuperVia estima que precisa de R$ 60 milhões para cobrir despesas, obrigações, manutenção de caixa e investimentos mínimos essenciais para garantir a operação do sistema ferroviário até dezembro. A informação consta em um documento anexado pela concessionária no processo que tramita na Justiça do Rio desde maio de 2024.

No dia 9 de setembro, o juiz Victor Agustin Diaz determinou que o estado do Rio vai ter que antecipar recursos previstos no contrato de concessão pelos próximos três meses. 

A Justiça também tinha decidido que o poder concedente e a SuperVia deveriam entrar em um acordo até esta segunda-feira (30). No entanto, ainda não há uma definição.

A Secretaria de Estado de Transportes e Mobilidade Urbana disse que as negociações estão em andamento, com o objetivo de garantir a continuidade do serviço, sem prejuízo à população, e que o resultado será apresentado em juízo no prazo determinado.

Como sugestão enviada no dia 18 de setembro, a SuperVia pediu a antecipação dos recebíveis do Bilhete Único e da Tarifa Social dos seis primeiros meses de 2025, o que dá um total de R$ 55 milhões.

Atualmente, os trens transportam cerca de 317 mil passageiros por dia nos cinco ramais. 

Um dos problemas enfrentados pela concessionária atualmente é o sistema de sinalização, responsável por transmitir informações aos operadores de trens, como a presença de trens nas proximidades, avisos antecipados sobre pontos críticos, cruzamentos, desvios, curvas acentuadas e trechos com velocidade restrita. 

Segundo a SuperVia, a partir do início da pandemia, houve um aumento significativo de furto e vandalismos do sistema de sinalização. Os cabos, por exemplo, ainda não foram repostos pela concessionária. A funcionalidade foi perdida em todo o ramal Belford Roxo, por exemplo. 

O problema acarreta em outros, redução da velocidade dos trens, resultando em atrasos nos horários programados e superlotação. Além disso, a falta de sinalização limita o número de trens por hora.

Um plano de contingência montado pelo administrador judicial do processo da recuperação judicial da SuperVia apontou, em agosto, que há risco de aumento de acidentes fatais devido a deterioração dos sistemas elétricos da empresa; aumento de furtos e vandalismo dos ativos causando depredação do patrimônio pela não utilização dos ramais/estações; interrupção em ramais específicos; entre outros pontos.

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