Além de falsificação de documento particular, os sócios do laboratório PCS podem responder por falsidade ideológica; crimes contra a ordem tributária, econômico e as relações de consumo; e associação criminosa. As informações são da Polícia Civil, que registrou quatro crimes relacionados ao caso de infecção por HIV após transplante de órgãos.
O inquérito policial foi instaurado pela Delegacia do Consumidor no mesmo dia em que o episódio foi divulgado pela BandNews FM.
A possibilidade de perda de provas consideradas importantes durante as investigações contra a empresa foi um dos motivos para a realização da Operação Verum na segunda (14). Os mandados foram expedidos no dia anterior durante o Plantão Judiciário.
À Justiça, a Polícia Civil classificou o caso como "gravíssimo" e que não seria possível esperar o trâmite no juízo natural a partir da possibilidade de provas importantes estarem sendo destruídas ou escondidas.
A Polícia Civil disse ser provável que os agentes tenham ciência apenas do mínimo do que realmente ocorre no PCS LAB.
Durante o pedido pela determinação dos mandados de prisão e busca e apreensão, os investigadores ressaltaram o "ineditismo" do caso. A instituição também demonstrou preocupação com as consequências para os 60 anos de história dos transplantes no Brasil.
Seis pacientes testaram positivo para HIV após receberem órgãos transplantados no Estado do Rio.
Durante a justificativa para pedir os mandados de busca e apreensão, os investigadores falaram sobre a necessidade de acessar a sede do laboratório, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.
Com a interdição do espaço, os agentes tiveram que entrar à força na manhã de segunda-feira (14) no local, onde apreenderam diversos documentos e anotações. O material foi levado à Cidade da Polícia, na Zona Norte, onde será analisado.
Em nota, o PCS LAB disse que o resultado preliminar de uma sindicância interna aponta indícios de falha humana na transcrição dos resultados de dois testes de HIV e que dará todo suporte necessário às vítimas assim que tiver acesso à identidade delas.