Sócio do Faraó dos Bitcoins volta para a cadeia após ter domiciliar revogada

A decisão é do ministro do Superior Tribunal de Justiça, Jesuíno Rissato

Nicolle Timm

Em agosto do ano passado foram apreendidos na casa de Tunay Pereira Lima R$ 14 milhões
Divulgação/Polícia Federal

Está preso na Cadeia Pública de Benfica, na Zona Norte do Rio, o sócio do Faraó dos Bitcoins, Tunay Pereira Lima. Ele foi preso pela Polícia Federal, nesta segunda-feira (4), depois de ter a prisão domiciliar revogada pelo Superior Tribunal de Justiça. A decisão é do ministro Jesuíno Rissato.

Tunay foi encontrado e detido em casa, em um condomínio na Barra da Tijuca, na Zona Oeste do Rio. Ele cumpria prisão domiciliar desde janeiro deste ano, depois de deixar a Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, por decisão concedida também pelo STJ.

Na revogação da prisão domiciliar, o magistrado cita as grandes quantias de dinheiro movimentadas por Tunay, incluindo as malas de dinheiro estrangeiro encontradas na casa dele durante a Operação Kryptos, em agosto do ano passado. Na ocasião, foram apreendidos só na casa de Tunay mais de R$ 14 milhões em espécie, além de € 193 mil e US$ 16 mil. Essa foi a maior apreensão em dinheiro da operação.

A decisão que levou Tunay de volta à cadeia também considerou o papel dele na GAS Consultoria, empresa de Glaidson Acácio dos Santos, o faraó dos bitcoins. Segundo as investigações, Tunay era um importante sócio e operador do suposto esquema criminoso.

O ministro destacou ainda que o argumento de pandemia não se aplica nesse caso, já que não foi comprovado nenhum risco de saúde para ele. E afirmou que também não se pode estender a Tunay os efeitos da decisão que concedeu a prisão domiciliar a esposa dele, Márcia Pinto, que alegou necessidade de cuidar a filha de 15 anos e da mãe de 78 anos.

Tunay faz parte do suposto esquema de pirâmide financeira da GAS Consultoria, que prometia lucro de 10% em investimentos no mercado de criptomoedas. No ano passado, a empresa foi alvo de operações da Polícia Federal e do Ministério Público.

Tunay e Glaidson estão entre as 17 pessoas ligadas à GAS que viraram rés por crime contra o sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro e organização criminosa.

Em relação à revogação da prisão domiciliar, a defesa de Tunay afirmou que não vai se manifestar.

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