SMS apura se houve negligência médica em morte de criança em Maguinhos

Polícia Civil também investiga o caso

Por Priscila Xavier

UPA Manguinhos
Reprodução

A Secretaria Municipal de Saúde abriu uma sindicância para apurar se houve negligência médica na morte de uma criança, de dois anos, que foi atendida pelos profissionais da Unidade de Pronto Atendimento de Manguinhos, na Zona Norte do Rio. A Polícia Civil também investiga o caso.

De acordo com os familiares, a pequena Aylla Elisa da Silva foi levada à UPA, no dia 31 de março, após passar mal dentro de casa. A menina foi diagnosticada com desidratação. Os médicos também receitaram um soro em pó como medicação.

No entanto, sem melhoras no quadro, a família decidiu retornar com a criança até a unidade. De acordo com o pai da menina, Yuri Gabriel Araujo da Silva, os profissionais aplicaram uma injeção e receitaram um antialérgico para continuar o tratamento em casa. Mas houve piora no quadro da criança.

"Na quarta (03/04), a avó viu ela se tremendo, com as vistas viradas, fraca, sem andar. Voltamos à UPA. Pediram uma ambulância para fazer uma tomografia no Hospital Salgado Filho e disseram que não constou nada"

A menina foi liberada na manhã do dia seguinte. Yuri Gabriel conta que, mesmo assim, decidiu procurar assistência em outra unidade e foi até a UPA da Tijuca, na mesma região. No local, a criança começou a vomitar sangue.

"Eles fizeram um raio-x e quando estava na fila da medicação, ela teve uma tontura e vomitou sangue. Chamei o médico, disse que ela estava passando mal, ele tirou ela do meu colo, levou para a sala vermelha. Ela foi para a encubadora. Por volta das 17h10 ela veio a óbito."

Na certidão de óbito, a causa da morte foi apontada como meningite não especificada. A família afirma que o diagnóstico nunca foi passado pelos médicos. Eles acusam os profissionais da UPA de negligência médica. Segundo a Polícia, a menina passou por três médicos antes do último que deu o diagnostico de meningite.

Nesta terça-feira (9), familiares e vizinhos da criança realizaram um prosteto em frente à unidade e na Rua São Luiz Gonzaga, em Benfica, na mesma região, pedindo respostas sobre o que aconteceu com a menina.

Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde informou que os profissionais envolvidos no caso estão afastados das funções até o término das investigações.

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