A comissão de servidores públicos afetados pela suspensão das incorporações em cargos de confiança e comissão alega que a não reversão do corte previsto causa um grande prejuízo aos trabalhadores. Eles argumentam que não vão poder arcar com compromissos.
O Tribunal de Justiça decidiu que os pagamentos das incorporações a partir de 2019 sejam suspensos já no contracheque de novembro.
A comissão diz que os exemplos usados para a decisão são exceções. Para exemplificar, o grupo utiliza o caso de um diretor escolar, que levava dez anos ininterruptos exercendo a função para incorporar pouco mais de dois mil reais ao salário.
Na última terça-feira (29), houve uma manifestação em frente ao prédio da Prefeitura do Rio, na Cidade Nova, contra o corte das incorporações. Um servidor, que preferiu não se identificar, diz que os super salários estão longe da realidade dos trabalhadores.
Não é a realidade dos servidores, definitivamente. Quem estava fazendo a manifestação, nós servidores, não estamos perto disso. A questão de super salários são exceções e coisa raríssima, mas definitivamente também não é a realidade dos servidores públicos. Não é a realidade. Muito pelo contrário, os servidores públicos, na sua maioria, querem também que não exista essa existência de super salários, e acontece em algumas situações que prejudicam os próprios servidores.
Os valores das incorporações eram divididos em categorias, que variam entre R$ 555 e cerca de R$ 14.500. A partir disso, os servidores eram incluídos nas categorias de acordo com a importância do cargo que ocupam.
A Prefeitura diz que entrou com um pedido de efeito suspensivo contra a decisão do TJ.