Antes da decisão que determinou a volta do ex-governador Sérgio Cabral para a Unidade Prisional da Polícia Militar, em Niterói, o desembargador Joaquim Domingos Neto pediu à direção do presídio que informasse quais medidas foram tomadas em relação às irregularidades apontadas durante fiscalização no local em maio.
Em resposta ao pedido, a administração da unidade informou que já foram adotadas 22 ações, como a proibição de cadeados nos armários da área comum, de trincos internos nas celas e também foram retiradas TV e isopor dos espaços.
O ex-governador retorna ao presídio em que cumpre prisões preventivas desde 2021, após decisão da 7ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça, que atendeu parcialmente a um pedido de habeas corpus da defesa do político.
Atualmente Cabral está no Grupamento Especial Prisional do Corpo de Bombeiros, em São Cristóvão, para onde havia sido levado após fiscalização da Vara de Execuções Penais ter encontrado irregularidades na unidade da PM. Antes, o político estava em Bangu 8.
O ex-governador vai ficar na unidade prisional da PM até o fim do processo disciplinar. Em nota, a defesa de Cabral afirmou que a "corte corrigiu uma arbitrariedade baseada em suposições, jamais em fatos e provas".