Além de intensificar a fiscalização de ambulantes irregulares na Uruguaiana, no Centro do Rio, a Secretaria de Ordem Pública também vai apurar denúncias de pedidos de propina para uso ilegal do espaço público. Camelôs denunciaram que precisam pagar uma taxa para trabalhar na região.
O secretério Breno Carnevale classificou a prática com o "milIcia do asfalto" e disse que a pasta vai atuar junto com órgãos de segurança para coibir as ações dos criminosos.
As fiscalizações para impedir o comércio de quem não possui alvará para funcionar no Camelódromo da Uruguaina devem começar nas próximas semanas.
Os agentes vão atuar de forma semelhante às ações realizadas nas feiras de Acari, na Zona Norte, e de Campo Grande e de Santa Cruz, na Zona Oeste. As equipes, segundo a Seop, vão fazer uma ocupação para evitar confusão.
A medida divide opiniões de quem passa pela região para trabalhar e para fazer compras.
A proibição não é uma novidade. Segundo o prefeito Eduardo Paes, o objetivo é cumprir a legislação do município, que já não permite a instalação de barracas e pontos de comércio em espaço público.
Ainda segundo a Prefeitura, há a suspeita de que a Uruguaina concentra diversas vendas de celulares e outros materiais que seriam provenientes de roubos.
O pedreiro Severino Marques contou que, só nesta semana, a esposa dele foi roubada duas vezes no Centro da cidade.
A decisão foi tomada após conversa entre o prefeito e o governador Claudio Castro na quarta (28). No entanto, já nesta quinta (29), muitos ambulantes não montaram as barracas.