Mais de 5 milhões de livros foram vendidos no mercado varejista brasileiro entre fevereiro e março deste ano, o que representa um aumento de quase 9% na comparação com o mesmo período do ano passado.
A pesquisa publicada pelo Sindicato Nacional dos Editores de Livro aponta que também houve aumento na arrecadação. No período analisado neste ano, foram vendidos mais de R$ 245 milhões, uma alta de 15,95% em relação a 2023. Uma das explicações é o aumento do preço médio do livro, com uma variação de 6,42%.
O período utilizado na pesquisa inclui os dias em que foi realizada a Semana do Consumidor, em março. Para a diretora de comunicação do sindicato, Roberta Machado, o evento ajudou a impulsionar as vendas, mas não é o único fator para o saldo positivo.
"Foi um efeito muito forte nessa Semana do Consumidor, mas sim, no mês de março todo tem um crescimento muito expressivo, não só nas lojas online mas também nas livrarias físicas. O mês de março foi muito positivo independente dessa Semana do Consumidor. Então ela ajuda muito, mas não é só ela. Isso já mostra também um efeito positivo no mês de março inteiro."
O levantamento indica ainda que quase 13 milhões e meio de livros foram vendidos do início do ano até o dia 24 de março. O número é 3% inferior ao de 2023.
Apesar disso, houve aumento no faturamento. No valor acumulado, 2024 registra 8,65% de superioridade na comparação com o ano passado. O atual faturamento ultrapassa a casa dos R$ 728 milhões, frente aos R$ 670 milhões de 2023.
Segundo Roberta Machado, a procura por livros de não ficção impulsionou as vendas.
"A gente tem notado um aumento específico nos livros de não ficção. Então, a gente está com um super best-seller, que é o "Café com Deus Pai", que tem levado com ele outros livros nessa parte mais religiosa."
Os dados do 3º Painel de Varejo de Livros no Brasil de 2024 são baseados nos resultados da Nielsen Bookscan Brasil, que apura as vendas das principais livrarias e supermercados no país.