Seis milicianos são baleados e outros 9 são presos na Avenida Brasil

Grupo faz parte da quadrilha chefiada por Luis Antônio da Silva Braga, conhecido como Zinho

Por Pedro Dobal

Os milicianos que foram presos durante uma abordagem policial na Avenida Brasil, uma das principais vias expressas do Rio, iam reforçar a milícia de Luis Antônio da Silva Braga, o Zinho, em uma comunidade que vem sendo alvo de tentativas de invasão de grupos rivais.

Os criminosos eram monitorados há dois meses e foram interceptados no trecho de Campo Grande, na Zona Oeste. Quinze pessoas foram presas. Seis delas ficaram feridas no confronto com a Polícia Rodoviária Federal e foram levados para o Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na mesma região. Três já receberam alta. O quadro de saúde dos demais é considerado estável.

Nenhum policial foi baleado na ação.

O confronto aconteceu por volta das 4h20 desta quinta-feira (7). A Avenida Brasil chegou a ficar completamente interditada, provocando um intenso congestionamento na via expressa e na antiga Estrada Rio-São Paulo.

Segundo o secretário de Polícia Civil, Marcus Amim, os criminosos iam ajudar os comparsas na comunidade da Carobinha, também em Campo Grande, que tem registrado confrontos nos últimos dias.  

Cinco dos 15 presos tinham funções de chefia na organização e oito deles já eram investigados por diferentes crimes. O delegado João Valentim ressalta que, entre eles, está um homem de confiança de Zinho e de Rui Paulo Gonçalves Estevão, o Pipito, um dos que disputam o comando do grupo.

Três dos presos estavam vestidos como policiais, sendo que um ainda usava um uniforme camuflado, mas nenhum deles é agente de segurança.

Entre as armas apreendidas, está uma pistola com o brasão da Polícia de Miami. Os agentes ainda apreenderam 1.500 munições, 12 fuzis, seis pistolas, rádios comunicadores, coletes com inscrições das polícias Civil e Militar, mais de 10 celulares e cinco carros clonados. Alguns dos veículos tinham marcas de disparos e estavam com os pneus furados. 

A ação ocorreu após trabalho de inteligência realizado de forma conjunta pela Polícia Militar, pela PRF e pela Polícia Civil. Os policiais já tinham flagrado o deslocamento do grupo pelo menos outras duas vezes, mas optaram por não realizar a abordagem por questões de segurança.  

O miliciano Zinho está preso desde o ano passado, depois de se entregar à Polícia Federal na véspera de Natal.

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