Saúde mental dos brasileiros: pesquisa mostra recorte de gênero e raça

Numa escala de 0 a 1000 pontos, a saúde mental dos brasileiros alcançou apenas 635 nos primeiros três meses deste ano

Brasileiros apresentam déficit em índice que mede saúde mental
Marcelo Camargo/Agência Brasil

Numa escala de 0 a 1000 pontos, a saúde mental dos brasileiros alcançou apenas 635 nos primeiros três meses deste ano. É o que aponta o Índice Instituto Cactus-Atlas de Saúde Mental (iCASM), um estudo inédito do Instituto Cactus em parceria com a AtlasIntel, que analisa aspectos que influenciam no bem-estar psicológico da população.

De acordo com os pesquisadores, aspectos de gênero, econômicos e sociais afetam diretamente os resultados. Os dados mostram que as pessoas desempregadas ficam 186 pontos abaixo dos assalariados e 141, em relação à média do país. Da mesma forma, quem possui renda mais baixa pontuou menos do que aqueles com maiores salários.

A massoterapeuta Marcia Guimarães, de 51 anos, conta que a preocupação com a situação financeira causa insônia e ansiedade.  

Além disso, os homens obtiveram um número maior do que as mulheres nas três dimensões do índice, que são confiança, vitalidade e foco. Enquanto eles tiveram uma média de 672 pontos, as mulheres tiveram de 600.  

A gerente executiva do Instituto Cactus, Luciana Barrancos, explica que fatores sociais externos impactam diretamente no índice das mulheres.  

O Instituto Cactus é uma entidade filantrópica de direitos humanos dedicada à promoção da saúde mental no Brasil, e a AtlasIntel é uma empresa especializada em pesquisas e inteligência. Nessa primeira edição do índice criado pelas instituições, foram entrevistadas 2.248 pessoas de todas as regiões do país.

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