O Ministério de Portos e Aeroportos estuda a possibilidade de limitar em 6,5 milhões o número de passageiros por ano no Aeroporto Santos Dumont, no Centro do Rio. A nova regra substituiria a restrição de trajetos com base nas distâncias, anunciada em agosto.
No ano passado, o aeroporto recebeu mais de 10 milhões de passageiros, enquanto menos de 6 milhões passaram pelo Aeroporto Internacional Tom Jobim, na Zona Norte, que conta com uma estrutura maior.
Para equilibrar a operação dos dois terminais, uma resolução estabeleceu que os voos com origem ou destino no Santos Dumont sejam apenas domésticos e com até 400 quilômetros de distância, o que incluiria São Paulo e Belo Horizonte. A medida vale oficialmente a partir de janeiro do ano que vem, mas desde o início do mês alguns voos já começaram a ser transferidos para o Galeão.
Caso a nova proposta analisada pelo atual ministro Silvio Costa Filho seja adotada, porém, os destinos hoje operados pelo Santos Dumont poderão ser mantidos, mesmo que o número de voos seja reduzido.
O professor do Programa de Engenharia de Transportes da Coppe/UFRJ Marcelino Vieira defende a adoção das restrições como medida emergencial, mas acredita que o problema envolve um contexto mais amplo relacionado ao declínio da economia fluminense na última década.
Em nota, o Ministério de Portos e Aeroportos disse que a ideia está sendo debatida com diferentes autoridades e representantes da sociedade.
Há duas semanas, diante das novas regras para o Santos Dumont, a concessionária RIOGaleão formalizou o interesse em continuar à frente da gestão do aeroporto internacional. A empresa havia pedido para deixar a concessão alegando dificuldades financeiras com a queda no número de passageiros.