Terceiro candidato a participar de sabatina no Jornal BandNews Rio - 3ª Edição com o âncora Carlos Andreazza, Rodrigo Amorim (União Brasil), classificou o pleito deste ano como uma disputa "do bem e do mal" e uma antecipação das eleições presidenciais de 2026. Amorim coloca o atual prefeito Eduardo Paes (PSD) como candidato da esquerda ao lado de Tarcísio Motta (PSOL) e fala que tem a mesma ideologia de Alexandre Ramagem do (PL), mas não faz uma dobradinha.
A gente tem de um lado uma luta do bem contra o mal. Há uma antecipação de fato do processo eleitoral de 2026. Eu tenho dito inclusive que a retomada do Brasil vai começar pelo processo eleitoral municipal, inclusive com o protagonismo do Rio de Janeiro que é a base eleitoral do presidente Bolsonaro.
Além disso, Amorim defendeu a transformação da Guarda Municipal com o armamento total dos agentes e elevado ao status de secretaria.
Para Rodrigo, é necessário colocar a Guarda Municipal para efetivamente confrontar a criminalidade. Segundo o candidato, em sua gestão, o gabinete do prefeito vai ser transferido para a sede do órgão, que fica em São Cristóvão, na Zona Norte do Rio.
A Guarda Municipal do jeito que está hoje não pode ter arma imediatamente porque há hoje no Rio de Janeiro uma distorção da função da Guarda Municipal. A gente vê hoje, a Guarda Municipal confrontando com o cidadão de bem. A Guarda Municipal, Polícia Municipal, tem a missão de confrontar com a criminalidade, nunca o cidadão de bem, ainda que esteja na posição de ilícito administrativo. A gente tem que mudar a concepção da Guarda hoje, uma guarda velha defasada e que o Eduardo Paes, ‘soldadinho da Odebrecht’, ingrato do Cabral não respeita o cidadão. A gente precisa colocar efetivamente a Guarda para combater a criminalidade. Uma vez eleito vou tirar o gabinete do prefeito ali do 'Piranhão' para a sede da Guarda em São Cristóvão, na Zona Norte. Um bairro que está abandonado, chamar os concursados. Hoje a gente tem um efetivo de 7 mil guardas só que na rua tem pouco mais de 2.500. Muitos deles estão afastados, no desvio de função ou cedidos para outros órgãos.
Durante a sabatina, o âncora Carlos Andreazza também perguntou sobre as propostas para o problema de enchentes no Rio de Janeiro, principalmente o transbordamento do Rio Acari, na Zona Norte. O candidato disse que uma das propostas é criar uma Secretaria de Defesa Civil para evitar novos episódios.
Aquele drama das pessoas que vivem no Rio Acari era algo que o poder público já poderia ter resolvido com política habitacional séria. Sem que o prefeito tirasse mais de R$ 67 milhões de da GeoRio e das prevenções de chuva. O meu plano é acabar com a SEOP, criar uma Secretaria da Guarda Municipal e no mesmo patamar, criar uma Secretaria da Defesa Civil Municipal que vai receber equipamentos aparelhos modernos e vigor dos agentes, com novos concursos públicos e que possa ir para as ruas evitar catástrofes em uma política habitacional bem-feita e sem mentiras.
Questionado sobre a municipalização dos hospitais federais, Rodrigo Amorim afirmou que ser contra a medida e fala do cuidado para a Atenção Básica.
Sou absolutamente contra. O munícipio tem que cuidar da Atenção Básica, ampliar as equipes de saúde da família, das clínicas da família e das grandes emergências. O Rio de Janeiro foi capital e tem a maior estrutura de saúde do Brasil: Hospitais federais, estaduais e municipais. É preciso integração. A contra atualização com os hospitais universitários para que possamos resolver o problema da alta complexidade. São R$ 9,8 bilhões investidos em saúde. Dinheiro há, o que precisa é tranquilidade.
Já sobre a mobilidade urbana, o candidato afirmou que o BRT deveria ter sido instalado sobre trilhos e que é necessário um projeto para que sejam implementadas vias alternativas para que o modal circule dentro dos bairros.
Em primeiro lugar para resolver o dilema é fixar negócios, empresas nas periferias do Rio de Janeiro e nas áreas mais afetadas do Centro. Para isso é necessário incentivo, é necessário também entender a gênese do BRT. Ele nasceu errado. Nasceu porque o ‘Nervosinho da Odebrecht’, conforme o próprio nome diz, queria agradar o setor produtivo, os empresários de ônibus. Enfim, ele nasceu errado deveria ser sobre trilhos. Uma vez feito isso, é o que temos. Primeiro estabelecendo as alimentadoras que vão levar as pessoas, vias alternativas, transporte para que possa levar e alimentar com integração.
O candidato também fez duras críticas ao sistema de bilhetagem Jaé e afirmou que é preciso integrar a plataforma aos outros modais.
O cidadão do Rio de Janeiro que paga esse Jaé que na verdade é o ‘Jaera’, ele paga uma quantia e não está integrado com outros modais do trânsito. Além disso, cuidar do trânsito essa Avenida Brasil que é uma vergonha. A gente precisa tratar com decência e dignidade. Esse negócio de tira faixa, coloca faixa é uma covardia com o morador da Zona Oeste.
A sabatina foi realizada ao vivo no jornal especial BandNews Rio - 3ª Edição, nesta segunda-feira (26). Os próximos candidatos a participar são Carol Sponza (Novo), no dia 30/8, Tarcísio Motta (PSOL), em 2/9, Cyro Garcia (PSTU), em 6/9, Henrique Simonard (PCO), em 9/9, Marcelo Queiroz (Progressistas), em 13/9 e Juliete Pantoja (UP), em 16/9. Já participaram da entrevista Alexandre Ramagem (PL) e Eduardo Paes (PSD).