O ex-policial militar Ronnie Lessa, que confessou ter atirado em Marielle Franco, vai ser ouvido pelo terceiro dia consecutivo em audiência no Supremo Tribunal Federal. Ele continua a responder perguntas nesta quinta-feira (29). Ronnie presta depoimento desde terça (27) e já respondeu a questionamentos da Procuradoria-Geral da República e das defesas dos réus, acusados de planejarem o crime.

Nesta quarta (28), Ronnie Lessa voltou a afirmar que a Polícia Civil do Rio de Janeiro é ligada a milicianos e contraventores e que o ex-chefe da instituição Rivaldo Barbosa é corrupto. Ele é um dos réus da ação e está preso, mas nega as acusações.

Lessa ainda disse que Rivaldo era chamado de "Topa", porque ele "topava" todos os crimes.

Depois que o ex-PM terminar de ser ouvido, deve prestar depoimento o também ex-policial militar Élcio de Queiroz, que confessou ter dirigido o carro no dia do ataque a Marielle e ao motorista Anderson Gomes.

Também na quarta-feira, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados aprovou parecer pela cassação do mandato de Chiquinho Brazão, apontado como um dos mandantes do assassinato. Ele também está preso e nega as acusações. A defesa dele afirmou que vai entrar com recurso, que ainda vai ser analisado. Caso aprovada, a medida vai ser levada a plenário.