A Justiça Federal absolve o policial militar reformado Ronnie Lessa da acusação de tráfico internacional de armas. Lessa, porém, segue preso acusado de participação na morte da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes.
O PM reformado foi um dos investigados na Operação Flórida Heat, deflagrada pela Polícia Federal em março do ano passado. A ação teve como alvo uma organização criminosa acusada de traficar armas, peças, acessórios e munição dos Estados Unidos para o Brasil.
De acordo com a PF, o material era colocado dentro de equipamentos como máquinas de soldas e impressoras, que eram despachados com outros itens e depois distribuídos para traficantes, milicianos e assassinos de aluguel.
O advogado Bruno Castro, que defende Ronnie Lessa, afirma que a absolvição retrata a ânsia do Ministério Público de incriminar o réu a qualquer custo. Na avaliação dele, a denúncia é baseada em ilações e conjecturas.
Em agosto do ano passado, Lessa foi condenado em outro processo por tráfico internacional de armas. Ele é acusado de importar 16 peças de fuzil em 2017. Na ocasião, um pacote vindo de Hong Kong foi apreendido pela Receita Federal no Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador.
Segundo a investigação, a encomenda tinha como destino uma academia de musculação, mas o destinatário final era Lessa. De acordo com a Polícia Federal, ele armazenava e montava as armas em casa.
