A Rocinha, na Zona Sul do Rio de Janeiro, recebe um projeto que transforma óleo de cozinha em sabão biodegradável. O projeto foi lançado na comunidade no Dia Mundial do Meio Ambiente, comemorado no dia 5 de maio.
O biosabão é feito a partir da introdução de organismos microbióticos, que se transformam ao entrar em contato a louça. O professor da UFF e idealizador do produto, Estefan Monteiro, conta que a iniciativa surgiu a partir de experiências em outros países.
"No Peru existe lá uma questão que cultural das lavadeiras de rios é que elas utilizam ali do de sabão pra limpar os os eh a roupa nos córregos isso acaba contaminando os córregos eh o existe uma existir uma iniciativa eh peruana que é a utilização de enzimas para num sabão que eles estavam projetando para diminuir aí o a poluição dos córregos. E aí a gente se perguntou poxa mas se eles usam o envio mas por que que a gente não pode usar micro-organismos são muito mais efetivos. Ainda mais porque o clima do Brasil é muito mais quente e a gente tem uma grande maior biodiversidade."
A principal vantagem do produto é combater o descarte inadequado do óleo de cozinha usado. Segundo o responsável pela implementação no projeto na Rocinha, Marcelo Santos, em um ano, foram retirados do meio ambiente cerca de 20 mil litros do resíduo poluente, deixando de contaminar 500 milhões de litros de água.
"Tenho certeza que trazendo essa tecnologia para biofábrica da Rocinha e o óleo ponto fazendo essa fabricação de sabão a gente vai ter a oportunidade né de eh doar esse sabão aqui dentro da comunidade né pra que a gente diminua esse impacto das varas negras né evitando assim poluir né a nossas praias, rios né e águas pluviais aqui redor da Rocinha."
No projeto, os moradores são incentivados a armazenar o produto em recipientes adequados e entregá-lo em postos de coleta da comunidade. O óleo arrecadado é encaminhado para uma usina de reciclagem, onde passa por um processo de filtragem e purificação.